Com muita frequência as pessoas me questionam: Alexandra, seja sincera, você realmente acredita que as pessoas mudam?
E a minha resposta é sempre a mesma: sim e não e vou explicar meu ponto de vista, que inclusive compartilhei há pouco em um vídeo que fiz exatamente sobre esse tema. (VÍDEO ABAIXO)
Para quem me conhece e me segue, recentemente eu lancei o livro: O Código T: a fórmula da transformação. Ele apresenta uma metodologia, baseada em 3 passos capaz de eliminar sentimentos e comportamentos que tanto tiram a nossa paz e atrapalham os nossos resultados.
Na obra eu relato histórias reais de clientes meus que utilizaram a metodologia e conseguiram sucesso no quesito transformação, além de minha própria história, afinal fui a primeira a testar a metodologia e a sentir na pele os seus benefícios.
Nesse momento você deve estar se perguntando. Mas se eles conseguiram mudar então as pessoas mudam. E mais uma vez eu insisto na resposta dúbia: sim e não.
E o motivo é que, dependendo da origem de um comportamento ou sentimento negativos, ou seja, se ele resulta de situações, vivencias muito marcantes em minha vida, talvez a mudança não seja eliminá-los completamente, mas sim aprender a entender por qual motivo eles se manifestam, tomar consciência e deixar que eles façam o mínimo de estrago em minha vida e no menor tempo possível.
Costumo fazer a seguinte analogia. Imagine que nossos sentimentos e comportamentos negativos são nossos “fantasmas “internos, quando não temos muita consciência do porque eles se manifestam, com frequência eles assombram as nossas ações e nos causam prejuízos. Agora a partir do momento que compreendo suas origens, passo a ficar atento e observá-los. Posso até, por vezes, não conseguir expulsá-los de minha “casa”, mas aprendo a deixa-lo ocupando um pequeno lugar e não coloco tanta iluminação nele, ou seja, assumo o comando, não permitindo que ele entre nas situações por muito tempo ou ocasionando estragos muito grandes.
E de tanto assumir o controle, de repente ele se vai e assim a mudança ocorre.
Em mim muitos fantasmas se foram, outros ainda insistem em fazer moradia em meu ser. Continuo a minha jornada sem desistir de ser minha melhor versão. Portanto afirmo que as pessoas mudam sim, quando mergulham num profundo processo de autoconhecimento e se esforçam arduamente, entendendo que é mais vantajoso a dor da transformação do que a dor de ser como se é, mas, se nesse processo faltar a prática, a persistência em querer ser diferente, aliada a algum tipo de vantagem em continuar agindo da mesma forma, então, nesse caso, a resposta passa a ser negativa, ou seja as pessoas não mudam.
Assim concluo que mudar ou não é questão de escolha, disciplina, capacidade de superação e muita persistência. Quando todos esses ingredientes coexistem em nós, provavelmente a mudança será somente uma questão de tempo.
Alexandra Fabri
Escritora, Palestrante e Mentora em Gestão Estratégica de Pessoas e Comportamento Humano
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