É curioso observar como a ideia de praticidade incorporou-se no mundo contemporâneo. Com a pressa do dia-a-dia, procuramos cada vez mais tudo aquilo que seja rápido, prático e que venha pronto!
E vamos nessa procura nas mais diversas áreas, inclusive em nossos relacionamentos.
Queremos que eles venham prontos e repletos de felicidade. Porém, se isso não ocorre, pensamos em desistir e ir a procura de outros relacionamentos na ilusão de que este venha perfeito.
Mas relacionamentos são construídos e reconstruídos, incessantemente. Ou entendemos isso, ou seremos colecionadores de relações frágeis e fugazes.
E quando se trata de nossos sentimentos, emoções e comportamentos, a postura de praticidade se torna ainda mais preocupante.
Não suportamos mais a tristeza, a dor... Queremos fórmulas prontas que cessem o nosso sofrimento, que controlem as emoções, em especial, as negativas.
Nos esquecemos que o aprendizado nasce, na maioria das vezes, das situações mais dolorosas. São nelas, que reconhecemos nossos limites e o poder de superação.
E assim, apesar da praticidade e velocidade típica da modernidade, é necessário compreender que ser gente é trabalho para a vida toda, é obra que jamais termina!
Alexandra Fabri
Escritora, Palestrante e Mentora em Gestão Estratégica de Pessoas e Comportamento Humano
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